Há mais de um mês, as farmácias de alto custo da Asa Sul, Ceilândia e Gama estão com um déficit de pelo menos 100 medicamentos. Na relação afixada nas portas das farmácias e que pode ser vista pelo site faltam remédios essenciais para um grande número de usuários que não sabem como consegui-los.
Entre os medicamentos em falta e mais procurados estão o Vigabatrina, utilizado no tratamento de epilepsias parciais, e o Creon, para pacientes que tiveram complicações no pâncreas e não produzem pancreatina, enzima que ajuda na digestão. O Creon e outros com o mesmo princípio são compostos pela enzima produzida no pâncreas do porco. Normalmente, o paciente usa duas cápsulas por dia, um custo aproximado de R$ 250 por mês.
Resposta – A Secretaria de Saúde informou que o abastecimento de medicamentos na farmácia de alto custo é feito pela própria SES e pelo Ministério da Saúde. A SES é responsável pela entrega de 128 medicamentos e utiliza a regra do ressuprimento com três meses e meio antes do fim do estoque para não interromper o suprimento.
O órgão ainda justifica que o processo de compra é feito por licitação pública e depende de diversos setores da Secretaria e de outras ações, como a ordenação de despesas, instrução de processos licitatórios, pesquisa de preços, alocação de recursos, autorização de fornecimento, emissão de notas de empenho e transporte, que nem sempre são cumpridas em tempo, e isso pode provocar o desabastecimento.
A SES informou que a Vigabatrina teve fracasso nos dois últimos pregões. No momento, está inserida em novo processo regular e também emergencial em andamento.
O Creon, intitulado Pancreatina, é dispensado na forma de 300mg e 150mg. Ambas estão em processo final de aquisição.