Com o mote “EJA: um direito seu e um compromisso social de todos e todas!”, o Sinpro-DF resgatou, terça-feira (17), a campanha em defesa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A diretoria colegiada entende que a campanha é necessária e urgente em razão do intenso desmonte ocorrido nessa modalidade de ensino, atacada pela política neoliberal adotada pelo Governo do Distrito Federal.
O “Estudo nº 1.030 de 2023 – Educação de Jovens e Adultos no DF”, feito pelo gabinete do deputado distrital Max Maciel (PSol), e um documento do GTPA-Fórum EJA/DF, enviado no início deste ano à secretária de Educação, Hélvia Paranaguá Fraga, para pautar uma reunião sobre essa modalidade de ensino, trazem um quadro da situação da EJA na capital do País.
Os documentos mostram uma queda acentuada no número de matrículas na EJA de 2019 a 2023, o que se traduz em evasão escolar, notadamente a partir de 2020, ano que começou a pandemia da covid-19. O documento da Câmara Legislativa traz também um levantamento sobre a distribuição de recursos financeiros para a EJA advindos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) feita de 2019 a 2022.
Destacam também que foi apenas em 2023 que o GDF executou uma ação específica para a EJA, com valor liquidado de R$ 18.481.782,54 até agora. “Em 2019, 2021 e 2022 nenhuma despesa nesse sentido foi executada, e, em 2020, as despesas publicizadas não se articularam em ação planejada de manutenção, consistindo em medidas motivadas pela pandemia da covid-19”, diz o documento.
O esvaziamento da política da EJA, a falta de investimentos financeiros e pedagógicos, o fechamento de turmas, o fim do turno noturno em várias escolas, a falta da busca ativa permanente por parte do governo, a ausência de políticas voltadas para a permanência desses estudantes, entre outros problemas, demonstra a necessidade da retomada da campanha em defesa da EJA.
O Sinpro produzirá matérias denunciando o intenso desmonte e buscando conscientizar a sociedade sobre a relevância da defesa dessa modalidade de ensino. É fundamental que a sociedade se envolva, porque se trata de uma política de inclusão social essencial para a melhoria da vida de todos e todas. É importante, por exemplo, a sociedade denunciar descasos e compartilhar a campanha nas redes digitais. E, principalmente, se você conhece alguém que não concluiu os estudos na idade certa, indique a EJA.