Um aterro sanitário de 380 mil m² criado em 2018 pela empresa Ouro Verde no município de Padre Bernardo, a 100 quilômetros de Brasília, está contaminando o lençol freático e causando prejuízos à saúde da população e aos produtores rurais do município goiano.
Segundo o presidente da Associação de Moradores, Feirantes e Comerciantes da Taboquinha e Região, Rivelino Souza, o chorume produzido pelo lixão chega aos poços artesianos e contamina a água usada pelos agricultores para beber e para irrigar as plantações.
“Na chácara da Galega, em um poço artesiano com 70 metros de profundidade, a um quilômetro do lixo, já é evidente o mau cheiro da água, que não dá para ser usada em nada”, disse Rivelino.
O líder comunitário conta que uma ação pedindo a suspensão do funcionamento tramita na Justiça de Goiás e pode ter uma decisão favorável aos produtores e moradores da gleba.
Saiba+ Depois da retirada do lixão da Estrutural, em 2018, a empresa Ouro Verde, que havia feito um bairro de casas para classe média perto de Padre Bernardo, resolveu aproveitar 380 mil m², próximo ao lugar, para fazer um aterro sanitário que passou a receber grande parte do lixo recolhido no DF. A promessa era de que a reciclagem do material geraria 1 mil empregos no município. Mas o projeto não avançou e hoje apenas 200 trabalhadores atuam na separação do material