O Procon proibiu, desde quarta-feira (30), a agência de viagens 123 Milhas de operar no Distrito Federal. Assim, a empresa não pode vender novas passagens aéreas ou pacotes de viagens para consumidores brasilienses.
A decisão cautelar do Procon é uma resposta ao aumento de reclamações de consumidores do DF com problemas com a 123 Milhas, após a agência suspender pacotes turísticos e emissão de voos da linha promocional com datas previstas de setembro a dezembro deste ano.
Desde a suspensão, no dia 18, até segunda-feira (28), 142 consumidores já haviam reclamado no órgão em relação ao atendimento da 123 Milhas. Segundo o Procon, a suspensão será mantida até que a empresa comprove que atendeu todas as reclamações dos consumidores que estão abertas e sem solução até o momento.
No Amazonas, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 10 milhões da empresa. No Paraná, a Defensoria Pública entrou com ação contra a agência. Pelo Linkedin, os funcionários da 123 Milhas que foram demitidos no início da crise afirmaram que são tão vítimas quanto as pessoas que não receberam seus pacotes e passagens e querem justiça. Os funcionários que se manifestaram receberam apoio dos internautas.
Recuperação – A 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial com o objetivo de não ser decretada a falência da empresa. Na terça-feira (29), quando estava prevista a participação dos gestores da empresa na CPI das Pirâmides Financeiras, nenhum representante apareceu e não foi justificada a ausência.
Milhares de Brasilienses tentaram garantir suas passagens com vouchers fornecidos pela agência. Mas no dia seguinte já existiam reclamações de que as empresas aéreas não estavam operando com os documentos fornecidos pela 123 Milhas. Na quinta-feira (31), o site de vendas continuava bloqueado, travando imediatamente após o internauta digitar a origem do voo.