Livre acesso as contas bancárias e responsável pelas atividades pouco republicanas de interesse de Bolsonaro. Esse era o papel do Tenente-coronel Mauro Cid, eixo central do esquema de Bolsonaro para incorporar ao próprio patrimônio jóias e presentes recebidos durante o seu mandato.
Ficou a cargo de Cid a missão de fazer um rastreamento nas contas do presidente, além de operar o caixa paralelo de Bolsonaro. Em mensagem enviada em 18 de janeiro deste ano ao também militar Marcelo Câmara, outro assessor de Bolsonaro, Mauro Cid diz que havia US$ 25 mil em poder de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.
O ex-presidente preferia receber os valores em espécie, justamente por temer algum tipo de rastreamento, como de fato aconteceu: a Polícia Federal fez os cruzamentos de mensagens e acabou descobrindo o esquema para a venda das jóias e presentes nos Estados Unidos.