A Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) lançou na segunda-feira (07), em evento realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o levantamento “Rota Estratégica da Indústria de Cloro-Álcalis”. O estudo é inédito e apresenta a atual situação do setor cloro-álcalis, que nos últimos dez anos não cresceu, e as ações necessárias para reverter esse quadro com alcance social do segmento, transição verde como ferramenta de competitividade e inserção no mercado internacional.
O estudo traz o Observatório do Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) como parceiro técnico, que, por meio do método roadmapping, consolidou a inteligência coletiva de diversos stakeholders da cadeia de cloro-álcalis, entre eles, indústrias como Braskem, Chemtrade, Chlorum Solutions, Dow, Katrium, Unipar, empresas de logística e transporte do setor, poder público, entidades representativas, organizações do terceiro setor e instituições de ciência, tecnologia e inovação participaram de forma colaborativa para a construção do documento.
O setor de cloro-álcalis gera impactos significativos em toda a indústria brasileira, afinal, os produtos cloro e soda são utilizados como insumos ou durante o processo produtivo de mais da metade dos produtos químicos disponíveis no mercado, além de contribuírem para a fabricação de itens como plásticos, espumas, pigmentos, remédios, defensivos agrícolas e muitos outros. São também elementos indispensáveis para saneamento básico de água e esgoto nas cidades e primordiais para as indústrias de celulose, alumínio e petróleo.
“O setor de cloro-álcalis tem uma série de desafios a serem vencidos na próxima década, entre eles, um dos mais relevantes é a competitividade em relação a outras regiões do planeta. Isto se deve aos maiores custos no Brasil das matérias primas, como o gás e a eletricidade, logística e infraestrutura, uma maior e mais complexa tributação, ambiente regulatório e segurança jurídica. Considerando estes e outros desafios, a Rota Estratégica teve como objetivo a criação de um plano estratégico com ações para endereçar o futuro e permitir a construção de uma indústria sustentável”, diz Mauricio Russomanno, presidente do Conselho Diretor da Abiclor e CEO da Unipar, líder na produção de cloro e soda e a segunda maior produtora de PVC na América do Sul.
Como crescer
A Rota Estratégica da Indústria de Cloro-Álcalis busca identificar barreiras e fatores críticos de sucesso e, assim, fomentar ações orientadas ao desenvolvimento da cadeia de cloro, álcalis e derivados. “As demandas de cloro e soda estão intimamente relacionadas ao crescimento da economia e ao nível de desenvolvimento de um país. Por isso, é fundamental apontar caminhos para a inovação, fomentar o desenvolvimento sustentável da cadeia e, assim, promover a atração, a retenção e o desenvolvimento de empresas no Brasil”, afirma Milton Rego, Presidente Executivo da Abiclor.
“O estudo é lançado em um momento importante, marcado por grandes desafios, como o da descarbonização, mas também de oportunidades. Contribui, assim, para a construção da nova indústria, em bases modernas e de forma alinhada a um movimento que é mundial”,, conclui Lytha Spíndola, diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O roadmap da Rota Estratégica está disponível no site
Sobre a Abiclor
A Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) representa o setor de cloro-álcalis, que é a indústria base de diversos produtos essenciais para a economia, além de estar diretamente ligada ao saneamento básico e à saúde pública do país. Com 38 associados, a Abiclor reúne algumas das principais plantas produtoras do Brasil, entre elas, Braskem, Chemtrade, Chlorum Solutions, Dow, Katrium e Unipar e também espelha outros elos da cadeia, como fornecedores de equipamentos, distribuidores e transportadores. A Abiclor atua para promover o avanço da indústria de cloro-álcalis em linha com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, com foco na segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente. Mais informações no site.