O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 2,130 bilhões, em fevereiro, de acordo com dados divulgados hoje (28) pelo Banco Central (BC).
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Nos dois meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 22,052 bilhões e em 12 meses encerrados em fevereiro, ficou em R$ 86,138 bilhões, o que corresponde a 1,76% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Neste ano, a meta do Governo Central é economizar R$ 80,8 bilhões, equivalentes a 1,55% do PIB. Os estados e municípios deverão fazer superávit primário de R$ 18,2 bilhões – 0,35% do PIB. No total, o superávit primário do setor público deverá fechar o ano em R$ 91,306 bilhões – 1,9% do PIB.
No mês passado, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) registrou déficit primário de R$ 3,389 bilhões, o que foi compensado pelo resultado superavitário dos governos regionais (estados e municípios). Os governos estaduais registraram superávit de R$ 4,107 bilhões e os municipais, R$ 1,360 bilhão. As empresas estatais (excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras) registraram superávit de R$ 52 milhões, em fevereiro.
O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 11,646 bilhões, em fevereiro, e acumularam R$ 42,045 bilhões, nos dois meses do ano. Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 9,516 bilhões, no mês passado, e em R$ 19,994 bilhões, de janeiro a fevereiro.
O BC também informou que a dívida líquida do setor público R$ 1,649 trilhão, o que corresponde a 33,7% do PIB, com aumento de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro.
Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais). No caso da dívida bruta, não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos. A dívida bruta chegou a R$ 2,816 trilhões ou 57,5% do PIB, com recuo de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.