Zurique, Suíça – O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, fez nesta sexta-feira (29/5) um apelo ao espírito de equipe para solucionar os problemas sofridos por sua organização, atingida desde quarta-feira (27/5) por um novo escândalo de corrupção.
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Blatter se dirigiu às federações nacionais em seu discurso de abertura da sessão do Congresso eletivo no qual aspira à reeleição para um quinto mandato e convidou os delegados a demonstrar ao mundo que podem administrar a Fifa. \”Faço um apelo ao nosso espírito de equipe e a nossa unidade de maneira que possamos avançar juntos. Isso não é necessariamente fácil, mas hoje nos reunimos para isso, para solucionar os problemas que existem\”, afirmou o suíço.
Blatter ressaltou a partir daí a importância das Federações nacionais no objetivo de melhorar a imagem da organização num momento complicado para sua credibilidade. \”Devemos fazer isso com vocês. Vocês são os embaixadores e as embaixadoras de nosso futebol. Vocês têm o poder e também o dever de mudar o rosto da Fifa e esse poder está dentro de vocês, em seus corações\”, afirmou. \”É um poder que não pode ser comprado em lugar nenhum. É o poder intrínseco de cada Federação integrante da Fifa. Vamos trabalhar com concentração, buscar soluções e olhar para a frente\”, convidou.
Ele também defendeu os envolvidos no esquema, afirmando que, mesmo que sejam acusados, todos são indivíduos, não o conjunto da organização. \”Os acontecimentos desta semana (as detenções por supostos casos de corrupção de membros da Fifa) desenharam uma sombra. Vamos tentar apagar esta sombra, não podemos admitir que a reputação da Fifa seja arrastada para a lama\”, acrescentou Blatter, de 79 anos, presidente desde 1998, antes de concluir: \”vamos cerrar fileiras para ir adiante\”.
\”Os indivíduos (envolvidos no escândalo) perderam de vista que o futebol se baseia na disciplina e no jogo limpo, e que é um esporte de equipe no qual todos devem ir na mesma direção\”, ressaltou, antes de admitir que aceita sua quota de responsabilidade como presidente da organização. Mas não podemos controlar a todo momento todos os que estão no futebol. Somos 209 federações nacionais em seis confederações, mas o futebol é composto por mais de 300 milhões de pessoas ativas no futebol e 1,6 bilhão se contarmos seus familiares e amigos\”, acrescentou.