A foto da entrevista sobre a não concessão de reajuste salarial aos servidores do GDF por causa da crise financeira revela o isolamento político de Rodrigo Rollemberg. Ao seu lado, não havia liderança política nem de seu partido, o PSB, já que Jayme Recena, presidente da legenda, continua curtindo Las Vegas.
Na campanha eleitoral, o governador montou uma grande coligação, almejando uma base político-parlamentar sólida. Na dia do aviso oficial, o ladeavam apenas auxiliares técnicos: procuradora do GDF, chefe do Gabinete Civil e os secretários de Planejamento e da Fazenda.
Menos apoio político
Não houve nenhum discurso de apoio. Onde estavam os representantes do PDT, titular da secretaria do Trabalho, e do PSD, que, para o bem ou para o mal, está na vice-governadoria? E a Rede? Ninguém. Nem mesmo da bancada socialista, formada pela distrital Luzia de Paula, e o presidente em exercício da Câmara Legislativa (CLDF), Juarezão.
“Mãozinha do PT”
O grupo que apoiava o governador na CLDF, agora é oposição. Bloco formado por PDT e Rede, oficialmente base do governo, pressiona-o mais do que muitos oposicionistas. Nas votações, o PT tem sido obrigado a dar uma mãozinha ao GDF.
O Buriti parece estar perdendo rapidamente as condições de governabilidade. Exemplo foi a aprovação pela CLDF, por 17 votos favoráveis e sete ausências, de dois decretos legislativos revogando o decreto de Rollemberg restringindo o direito de greve dos servidores públicos.
Unidade mínima
2017 promete ser um ano economicamente tão difícil quanto 2016. Se até aqui havia uma unidade mínima de governo, todos perguntam é se isso vai perdurar. O vice-governador, pelas postagens nas redes sociais, parece preferir pedalar sua bike a exercer seu mandato. Rogério Rosso (PSD) já se articula com Tadeu Filippelli. Joe Vale e Chico Leite só pensam em 2018.
Vai ser difícil essa segunda metade do governo Rollemberg. Como Jayme Recena deve ter ouvido em Las Vegas, as apostas estão feitas.
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