Mané em Liquidação
Que tal reservar o Mané Garrincha para a festa de Ano-Novo? Ou mesmo para reunir os amigos num bate-bola. Caro?! Que nada! Se você conseguir a mesma pechincha que Fluminense e Internacional conseguiram do GDF, é só começar a providenciar os convites.
Para realizar, em 23 de março, o jogo pelo campeonato Primeira Liga 2016 na Capital Federal, foi necessário dispender R$ 21.452,90. Mas barato do que o cantor Djavan pagou para se apresentar, em 2 de abril, no Centro de Convenções: R$ 26.177,48.
Como o estádio tem capacidade para 70 mil espectadores, cada assento saiu pela bagatela de R$ 0,31. Isso mesmo: 31 centavos, quase dez vezes mais barato do que uma passagem de ônibus. A renda, que vai para os organizadores do jogo, foi quatorze vezes maior: R$ R$ 306.470,00. Sem contar que 1,850 convidados entraram de mordomia, sem pagar nada.
Será que vale a pena abrir o estádio para receber tão pouco? Será que o valor pago cobre as despesas de manutenção e segurança? Para um governo que se diz quebrado, o GDF está fazendo muita gentileza com o caixa público.
Sem Política Cultural
Com os principais espaços culturais de Brasília sucateados e fechados – exemplo mais gritante é o Teatro Nacional – e sem grandes iniciativas por parte das autoridades responsáveis pela promoção da cultura local, as novidades ficam por conta da própria comunidade.
No Conic, a prefeitura comunitária, promove o que é considerado a Maior Galeria em Céu Aberto do Brasil. São 50 metros de extensão por três metros de altura. Em pleno coração da Capital Federal, o artista Toninho de Souza pinta o maior mural sobre a construção de Brasília. “É o maior painel sobre a história de Brasília”, ressalta a prefeita Flávia Portela. O painel deve estar pronto ainda nesse mês de agosto.
Cinema Très Court
Na 407 Sul, o foco é o cinema. Inspirados no francês Très Court International Film, o comércio local apoia a realização pela Quimera Cine Arte e da Brazil Produções do Festival Luminoso Cine Bar. Os filmes, com duração entre um e três minutos, tratarão de situações cotidianas de bares em Brasília. O palco central será a área externa do Bar do Beco. Vários espaços da 407 Sul serão customizados para a realização do evento que promete mexer com os cinéfilos da Capital Federal.
Como se vê, Brasília produz cultura. O que falta é a definição de políticas públicas sérias e permanentes. Bem planejada, a Cultura pode ser um pilar do desenvolvimento econômico sustentável da cidade.
Subdivididos
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, que em julho deste ano possuía 17.429 eleitores filiados, já não está assim tão unificado.
Divergências internas sobre a condução do partido, em especial quanto ao posicionamento diante do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, provou um racha. Cerca de 740 militantes em todo o país deixaram a sigla. Decidiram criar o Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – Mais. Ainda não há confirmação de que o MAIS vai se tornar um partido, mas o grupo já agendou para o início de 2017 uma convenção para decidir os rumos do movimento. O lançamento do Mais no DF foi marcado para o sábado, 20, no Conic. O professor Ricardo Guillen, nome histórico do PSTU, e que foi candidato a vice-governador na chapa de Toninho do Psol, decidiu permanecer na sigla.
Apagão analógico
Em 26 de outubro, o sinal analógico de TV na Capital Federal vai ser desligado. A cidade é a segunda a migrar para o digital. Para não ficar no apagão, o espectador deve comprar uma nova televisão já adaptada ou o conversor e antena apropriados. Cerca de 350 mil famílias de baixa renda do DF e de nove cidades de Entorno têm direito a receber gratuitamente os kits conversores. Faltando menos de dois meses, 150mil famílias ainda não foram buscar seus kits. Para saber se você pode retirar um kit gratuito, acesse o site www.sejadigital.com.br ou ligue para o número 147 com o CPF e o NIS (Número de Identificação Social) em mãos.
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