A marca de Rollemberg
Na história do DF, alguns gestores deixaram suas marcas na Saúde. Jofran Frejat, no governo do Cel. AiméLamaison, ainda na Ditadura Militar, criou a rede de centros de saúde do DF.
Maria José Maninha, na era Cristovam, fundou o Saúde em Casa. Ao final do governo, mais de um milhão de brasilienses, numa população que não chegava a 2 milhões, era atendida pelos médicos e até dentistas que iam de casa em casa. Roriz sucedeu Cristovam e em cinco dias demitiu todo mundo e acabou como Saúde em Casa.
Agora, Rollemberg parece querer deixar a marca da privatização da Saúde Pública.
Privatização
Sem papas na língua, o ex-secretário de Saúde, Rafael Barbosa, alerta: a privatização vai parar na Justiça, que já se posicionou contra. Lembra que na administração Arruda, o Ministério Público ganhou ação contra a privatização do Hospital de Santa Maria e das equipes do Saúde da Família, sob gestão da Fundação Zerbini. A conta sobrou pro sucessor, Agnelo Queiroz. Quem herdará o passivo judicial da privatização de Rollemberg? – pergunta ele.
Parada de ônibus
A onda de privatização vai alcançar até parada de ônibus. As PPPs, como preferem alguns, devem chegar ao BRT. Dois anos depois de inaugurado, várias estações da linha do BRT-Sul (Gama e Santa Maria) estão fechadas. As da EPTG nunca funcionaram. Passageiros não podem pegar ônibus, pois eles simplesmente não param. O GDF diz não ter pessoal para operar as paradas. Solução: privatizar a gestão delas. Uma empresa deverá gerir o embarque e desembarque, manutenção, bilhetagem e segurança, dentre outras tarefas, em troca de poder explorar propaganda e comércio nas estações e terminais das cidades satélites.
Bancada Cunha
Na bancada do DF, com exceção da deputada Erika Kokay – PT, todos os demais sete deputados apoiavam as ações de Eduardo Cunha, que renunciou a presidência da Câmara. Nesse affaire, Cunha, Alberto Fraga-DEM, Augusto Carvalho – Solidariedade, Izalci – PSDB, Laerte Bessa – PR, Rogério Rosso – PSD, Ronaldo Fonseca – PROS e Rôney Nemer – PP, parecem não estar exatamente defendendo os mesmos interesses do eleitorado que os elegeu. Agora que as coisas estão desandando mesmo, vamos ver como irão se posicionar na votação pela efetiva cassação de Cunha.
Lasbrujas
Não é só no nível federal que Agosto é o mês das crises políticas. Em Brasília, também. Nesse mês, em 2010, a Polícia Federal concluiu o relatório da Caixa de Pandora e apontou o ex-governador Arruda como chefe do Mensalinho do DEM. No mesmo mês e ano, por 6 a 1, por não ter ficha limpa,o TSE negou o registro da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao GDF. Agora a maldição de Agosto se volta para Rollemberg. Já falam em impeachment.
Grande parte da base construída artificialmente por Rollemberg já o abandonou. Ele tem que ficar atento. Podenão acreditar em bruxas, pero que lashay, lashay.
Aprendendo com as artes
Nesse astral, uma dica para o Rollemberg. Visite a exposição de micro esculturas sobre a Paixão de Cristo. São 28 cenas, todas em madeira, com dimensões inferiores a 10 centímetros. Retratam o sofrimento físico e espiritual de Jesus. Se preferir, no mesmo local, há a Mostra Don Quijote. Mais de 200 peças contando os principais momentos do personagem de Cervantes,que duelava com Moinhos. Segundo os estudiosos, o encanto da obra de Cervantes nasce do descompasso entre o idealismo do protagonista e a realidade na qual ele atuava.Bem a calhar, não?
As mostras estão no Atelier Gil Marcelino, SMPW quadra 28,conjunto 2.
Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna em https://chicosantanna.wordpress.com
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