Fernanda Sampaio (*)
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Entre as doenças que mais acometem as pessoas, o transtorno de ansiedade é a mais comum. Os seus primeiros sinais são caracterizados por uma ansiedade considerada normal em um mundo onde é quase um padrão estabelecido em todas as idades.
O transtorno de ansiedade atinge as mulheres porque necessitam ser mães, donas de casa, trabalhadoras e, além de tudo, apresentarem-se impecáveis. Aos homens, porque precisam trabalhar, ser mais presentes em família, manter a sexualidade sempre dentro do esperado. Às crianças pelas muitas atividades que lhes são atribuídas, e a exigência de se sobressaírem em cada uma delas.
Os idosos só são valorizados quando estão inteiramente pro-ativos. Quanto mais apresentem características da idade, mais se sentem excluídos de um mundo que não tem paciência para escutá-los e nem tempo para lhes dar atenção.
É lógico que esse é um cenário no qual nem todos se enquadram, nem se identificam. Porém, uma das principais causas do transtorno de ansiedade tem a ver com o fato de a sociedade exigir muito e de sempre acharmos que não estamos no padrão pré-estabelecido. Aí começa a autocobrança e logo em seguida o pânico. Essa busca incessante por fazer, mostrar e realizar, por vezes, faz com que olhemos mais para fora do que para dentro de nós mesmos.
Dessa forma, sentimentos se acumulam sem que percebamos. A angústia nos sufoca, sinalizando que há algo errado. Em alguns momentos, sentimos dificuldade até para respirar. Somos acometidos de taquicardia. Achamos que é passageiro. Os sintomas se repetem de forma ainda controláveis, mas, pouco a pouco, vão dando lugar ao medo. Esse medo tem muitos nomes, que insistimos em ignorar, como se não fosse importante. E aí a crise do pânico bate à nossa porta de maneira incontrolável.
Isso acontece para reconhecermos que nossa busca principal deve ser sempre olhar para nossas emoções, acumuladas internamente. É de fundamental importância olhar para as causas de tudo que nos gera ansiedade, intervindo o quanto antes para que possamos viver saudáveis, não correndo o risco de virarmos um humano-bomba e, de repente,explodir…!
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(*) Psicóloga, Psicodramatista, Terapeuta Sexual, Palestrante, Especialista em Brainspotting e EMDR.
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