A retomada da cidade histórica de Palmira das mãos de militantes do Estado Islâmico (EI) foi confirmada pelo ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, em reunião com o presidente Vladimir Putin.
Segundo relatos, poucas horas antes do ataque à cidade, o Exército sírio tomou o controle do monte Al Tar, próximo à cidadela antiga, onde artilharia foi implantada para garantir a cobertura das tropas.
Embora o acesso a Palmira tenha sido feito a partir de pontos diversos, o ataque se deu lentamente, já que os militantes terroristas haviam implantado minas explosivas em grande parte da cidade. Antes do avanço dos soldados, especialistas tiveram de ‘limpar’ os trajetos para a passagem da infantaria e da tecnologia militar.
Durante os combates, as tropas do EI sofreram grandes perdas e acabaram recuando para o leste do país, informou a agência Fars News.
Defesa de Palmira
De acordo com o coronel da reserva e editor-chefe da revista “Arsenal da Pátria”, Viktor Murakhovski, o Exército sírio assumiu o controle das zonas elevadas ao redor de Palmira, onde poderá implantar sua artilharia. Isso permitirá, segundo o militar, controlar o território em um raio de 8km.
Segundo o coronel-general aposentado e presidente do Centro Internacional de Análise Geopolítica, Leonid Ivachov, após a derrota das unidades do EI em Palmira, os militantes devem optar por aumentar as atividades terroristas e poderão começar a enviar homens-bomba aos bairros residenciais quando os moradores retornarem.
“Será necessário reforçar o controle por parte dos serviços de segurança e fortalecer não só os pontos de apoio militar ao longo do perímetro da cidade, mas também a segurança das pessoas dentro da cidade”, destaca o militar aposentado .
Próximas missões
O próximo lugar onde as Forças Aeroespaciais russas atuarão deverá ser, de acordo com alguns especialistas, a província de Idlib. Isso porque mais de 30 mil militantes do EI e suas famílias chegaram à região por meio de corredores humanitários.
“O Exército sírio está tentando cercar os terroristas com o nosso apoio para liberar a parte ocidental da província de Aleppo, bem como a região norte das províncias de Hama e Latakia”, disse à Gazeta Russa o analista militar e vice-diretor do Instituto dos Países da CEI, Vladimir Ievseiev.
A expectativa é que as operações militares nessa área durem até a metade de 2017; nos meses seguintes, espera-se que os exércitos da Rússia e da Síria se movam rumo às cidades de Raqqa e Deir ez Zor, na frente oriental.
“Espero que, em breve, comecemos a trabalhar mais ativamente com os EUA nessa área e que a guerra na Síria não dure mais de um ano”, concluiu Ievseiev.document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript);