A empresa Vamos Parcelar, fintech que atua no parcelamento de serviços, vem sendo alvo de uma série de denúncias de falhas na prestação de serviços e já virou caso de polícia. A empresa é a intermediária entre clientes e empresas, oferecendo parcelamentos no pagamento de serviços e impostos, ao exemplo do IPVA. Entretanto, sem justificativas, deixou de fazer os repasses e colocou milhares de contribuintes em situação de inadimplência.
Por esta razão, vem sofrendo uma série de acusações por estelionato e crimes cibernéticos. Em alguns processos, por falta de endereço físico atual, a Justiça do Distrito Federal não consegue notificar prontamente a fintech, o que prejudica as denúncias formais contra a companhia. Outros milhares de clientes relataram problemas com a fintech. As declarações de pessoas de diferentes estados do Brasil repetem histórias de inúmeros clientes de Brasília que procuraram a Polícia Civil do DF (PCDF) para registrar “queixas de golpe financeiro”, com prejuízos que chegam a R$25 mil.
Por não repassar ao governo os valores devidos, a Vamos Parcelar foi removida do sistema de parcelamento do IPVA, em 29 de março, conforme constava na aba “Observações”, no site da Secretaria de Fazenda (Sefaz), em 30 de maio. A direção do Departamento de Trânsito do Distrito Federal também decidiu suspender as atividades da empresa junto à autarquia.
A defesa da empresa alegou desconhecer processos que correm na esfera judicial: “Eventuais correspondências, notificações ou intimações não recebidas, a Vamos Parcelar desconhece a razão e, nos casos que tenha sido acionada, o Poder Judiciário possui meios hábeis de promover suas comunicações”.