O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou, nesta sexta-feira (28), dois habeas corpus para soltar Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF. Ele está preso preventivamente desde 14 de janeiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Torres é suspeito de omissão diante dos atos antidemocráticos, em Brasília. Ele era responsável pela segurança da capital no dia dos ataques, mas viajou aos Estados Unidos dois dias antes dos vândalos depredarem as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário.
A soltura de Torres já havia sido negada por Moraes na última segunda-feira (25), mas a defesa recorreu novamente ao Supremo, alegando risco de suicídio pelo ex-ministro. Segundo os advogados, ele estaria manifestando “desânimo com a manutenção de sua vida”. Os advogados apresentaram laudo médico da Secretaria de Saúde do DF sobre o estado mental de Torres.
Por contestar uma decisão de Moraes, o novo pedido de liberdade foi distribuído para outro ministro da Suprema Corte, caindo nas mãos de Barroso, que rejeitou o habeas corpus por questões processuais, sem analisar os argumentos da defesa.