O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (20) que o governo não irá se opor a uma CPI no Congresso Nacional para investigar os atos de 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos invadiram e depredaram prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Vamos enfrentar este debate político que está sendo criado por aqueles que passaram pano para os atentados terroristas do dia 8 de janeiro. Ao mesmo tempo, vamos continuar apoiando as ações da Polícia Federal e do Judiciário na apuração de evidências, provas, para identificar os culpados e condenar aqueles que sejam responsáveis pelos atos”, ressaltou.
A declaração de Padilha se dá um dia após o pedido de demissão do ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em vídeo divulgado pela imprensa, o militar e outros funcionários da Presidência interagem, no interior do Palácio do Planalto, com os golpistas. Para evitar desgastes, a orientação aos senadores Jacques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado José Guimarães (PT-CE), líderes do Governo, é indicar membros da base aliada para participarem da investigação do Parlamento.
Na próxima quarta-feira (26), o Congresso Nacional realiza sua primeira sessão do ano. A expectativa é que o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) faça a leitura do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos. Se aprovado, o grupo de trabalho será integrado por deputados e senadores.