Os bancários iniciam às 11h desta terça feira (14) um Tuitaço contra as altas taxas de juros no Brasil. A partir das 12h30, o Sindicato da categoria no Distrito Federal e outros segmentos da sociedade fazem um ato em frente à sede do Banco Central, em Brasília.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, a gestão atual do BC é um absurdo.
“A manutenção das taxas nesses patamares é um verdadeiro desrespeito à população brasileira e uma sabotagem ao País liderada pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto”.
Alvo de críticas constantes por parte do Presidente Lula nas últimas semanas, a taxa SELIC fixada pelo Banco Central tem gerado críticas até entre os profissionais do segmento financeiro. No entendimento de economistas como o ex-ministro Bresser Pereira, Antônio Correa de Lacerda e do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter as taxas de juros em patamar elevado (13,5% ao ano) sob a justificativa de cumprir a meta de inflação de 3,5% é
“uma exclusividade brasileira que leva a um estrangulamento das atividades produtivas e criadoras”
A crítica consta em um manifesto lançado na quinta-feira (9), assinado por economistas de perfil mais progressista. No entendimento dos signatários, o argumento encampado pelo Banco Central não tem amparo na teoria econômica, tampouco no cenário conjuntural internacional.
Porém, não é somente entre os economistas adeptos da mitigação entre resultados financeiros e a redução da desigualdade social e pobreza. A categoria dos bancários também tem se manifestado duramente contra a política do BBC. Em manifestação do perfil oficial no Twitter, o Sindicato dos Bancários de São Paulo ressalta que a taxa mais alta dos juros encarece a dívida pública a ser paga pela União, o que acaba comprometendo o orçamento para saúde, educação e infraestrutura.