Não há neste mundo quem não passe pela experiência de sentir dor. Trata-se de um mundo de expiação e provas, e a dor é inevitável. A uma mulher que pediu a Buda que ele ressuscitasse seu filho, ele disse: “vá a um lar pedir um pedaço de pano branco, mas pergunte se a dor já entrou ali; se, sim, não posso ressuscitar seu filho”.
A mulher voltou e disse que não tinha encontrado o pano, como Buda queria. Então, ele ensinou: “assim também como não posso ressuscitar seu filho”. Buda quis mostrar que a dor é inevitável.
Osho comenta sobre a dor:
“Tudo o que em nossa história de vida causou dor e sofrimento precisa ser abandonado. Como fazer isto? Em primeiro lugar, compreendendo que, ao relembrar o passado, trazemos de volta todas as emoções desagradáveis que vivenciamos. Ruminar estas emoções negativas faz com que elas se mantenham agarradas a nós de maneira absoluta. É a mente, com sua tendência a ficar presa ao que já se foi, que nos impede de deixar ir embora todo o lixo emocional que carregamos. Enquanto não percebermos que o sofrimento é algo que alimentamos através de nossa inconsciência, será difícil alcançar a cura”.
Muitos, infelizmente, se debatem durante anos, vendo a vida como um túnel escuro, onde não existe nada que lhes aponte a saída. As experiências dolorosas criam uma espécie de cegueira que os impede de enxergar a luz, mas ela está sempre disponível aos que anseiam construir para si uma nova realidade. Buscar ajuda é um passo essencial, pois a vida é generosa e sempre colocará em nosso caminho seres que amorosamente nos guiarão ao encontro de nosso verdadeiro ser.
Quando a sua consciência se ilumina, você passa a enxergar toda a confusão em sua vida com outros olhos. Você percebe como, na verdade, foi você mesmo quem criou a sua própria tristeza, angústia e sofrimento, e o simples ato de ver com clareza é o bastante para que toda confusão se dissolva”.
Compreensão, aceitação, superação.