Caroline Romeiro (*)
É muito comum nos depararmos, Brasil afora, com médicos e enfermeiros que são secretários de Saúde estaduais ou municipais. Porém, é raro se ver nutricionistas ocupando esse tipo de cargo na gestão pública.
Felizmente, aos poucos esse quadro está mudando. Isso porque a inserção de nutricionistas nas políticas públicas está crescendo e as pautas de alimentação e nutrição adequadas no contexto da saúde e assistência social estão em evidência.
Nos locais onde nutricionistas são gestores de saúde, eles têm mostrado competência na administração dos recursos e fazem a articulação com programas que garantem saúde não apenas no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), mas, também, no contexto escolar, na produção agrícola e na distribuição de alimentos.
A imagem do nutricionista apenas atrás de uma mesa de consultório, calculando dietas, não é nem de longe a principal área de atuação dos mais de 200 mil profissionais no Brasil. Na verdade, a Nutrição Clínica é a ponta do iceberg, considerando todas as possibilidades apresentadas hoje a esse profissional.
Temos hoje em nosso País, 34 especialidades reconhecidas na profissão. E isso mostra como a Nutrição cresceu e alcançou novos espaços, especialmente, na gestão pública.
Como a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vem sinalizando que a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) será a prioridade no futuro governo, espera-se que os profissionais nutricionistas terão muito a contribuir!
(*) Mestre em Nutrição Humana, doutoranda em Ciências da Saúde e ex-presidente do CRN 1ª Região (DF-GO-TO-MT)
Instagram: @carolromeiro_nutricionista