Escolas em Aracruz, Espírito Santo, sofrem atentado – Foto: Reprodução TV Gazeta
Maria Carla (*)
A diretoria colegiada do Sinpro-DF se solidariza com os familiares e com toda a equipe de educadores (as) da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti e do Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), de Aracruz, Espírito Santo, vítimas dos ataques a tiros de um ex-aluno da escola estadual, que tiraram a vida de quatro pessoas (três professoras e uma estudante) e deixaram outros 12 feridos, alguns em estado grave.
Mais uma vez a escola é vítima do terrorismo neonazista. No mesmo dia do crime, a Secretaria de Segurança Púbica do Estado do Espírito Santo localizou o assassino e mostrou sua ligação com grupos terroristas neonazistas existentes no País. O atirador é filho de um policial militar. Ele entrou na escola estadual e abriu fogo na sala de reuniões dos professores, na hora do recreio, atingindo, fatalmente, três professoras.
A ação do adolescente imita cenas quase que cotidianas em escolas estadunidenses, país em que a venda de armas de fogo é liberada e a maioria dos políticos é financiada pela indústria bélica. Nesses locais, a escola é alvo predileto da política do ódio. O Sinpro vê com preocupação esse tipo de cena ocorrer no Brasil e teme pela vida de educadores e estudantes de todo o País.
O atual governo federal rasgou o Estatuto do Desarmamento para favorecer empresários e indústrias armamentista, que precisam de uma sociedade em permanente estado de tensão para vender suas armas. Além disso, todos sabemos, principalmente nós, educadores, que o Brasil está adoecido pelo ódio apregoado por ideologias fundamentalistas, ligadas ao nazismo, ao fascismo e, principalmente, aos Estados terroristas e milicianos. Em Estados dominados por essas ideologias, nenhum lugar é seguro para garantir a nossa própria vida e a de nossos filhos.
Diuturnamente, o Sinpro atua contra esse tipo de ideologia, denunciando todas as mazelas de grupos terroristas e revivendo a história do Brasil e do mundo para que todos (as) acessem as informações necessárias para combater esse tipo de doutrinação. O Sinpro avaliza a nota da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e afirma que a escola é, sim, o lugar para se refletir, criticamente, sobre a disseminação de ideologias do ódio e, juntamente com isso, a venda de armas de fogo. Uma das ações é a desmilitarização das escolas públicas como iniciativa para a pacificação da sociedade contaminada pelo ódio.
Assim, solidária à população, aos(às) educadores(as) e às famílias dos(as) estudantes de Aracruz, vítimas do ódio neonazista, a diretoria colegiada reforça seu compromisso com a defesa de uma sociedade mais justa, democrática e humanitária e uma escola com investimento público, capaz de oferecer não só uma educação gratuita, pública, democrática, laica, libertadora, crítica, de qualidade socialmente referenciada, mas também a segurança física por meio dos Batalhões Escolares.
(*) Jornalista do Sinpro-DF
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