Da Redação
Uma das empresas denunciadas por assédio eleitoral foi a indústria Schadek Automotive, Porto Feliz, no interior de São Paulo, que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPT-SP por uma carta incentivando que seus 800 funcionários apoiassem Bolsonaro. A carta destacava o número 22, dizia que “não é hora de ocultismo” e que a Schadek acredita que o “melhor caminho político no momento é o da manutenção do atual governo”.
No TAC, a Schadek Automotive se compromete com a abstenção de “adotar quaisquer condutas que, por meio de assédio moral, discriminação, violação da intimidade ou abuso de poder diretivo, intentem coagir, intimidar, admoestar e/ou influenciar o voto de quaisquer de seus empregados nas eleições”, e se abstém de “obrigar, exigir, impor, induzir ou pressionar trabalhadores” por manifestações políticas ou atividades contra ou a favor qualquer candidato.
A empresa foi multada em R$ 50 mil por dano moral coletivo e, em caso de não cumprimento de qualquer cláusula – são 13, ao todo –, será multada em R$ 10 mil por cláusula e por trabalhador lesado. Neste ano, até 20 de outubro, o MPT já recebeu 903 denúncias de assédio eleitoral dentro de empresas. Apenas em dez dias, o número de empresas denunciadas saltou de 197 para 750.