Da Redação
Com 28 assinaturas, foi protocolado, terça-feira (25), pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de assédio eleitoral durante a campanha deste ano. O número de signatários é um a mais do que o mínimo de 27 exigido. Conforme o requerimento, a CPI terá 11 membros titulares e 7 suplentes, com prazo de trabalho de 90 dias.
O objetivo é apurar assédios eleitorais praticados por empresários, gerentes de empresas e até mesmo por prefeitos municipais que ameaçaram trabalhadores, em sua maioria exigindo ou induzindo-os a votar no presidente Jair Bolsonaro, ou ainda oferecendo prêmios ou recompensas para quem assim o fizessem.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG/foto), disse entender a relevância e a pertinência da demanda e informou que vai adotar os procedimentos de praxe em relação ao andamento das CPIs.
Crescimento
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 1.850 denúncias de assédio eleitoral contra 1.440 empresas no Brasil até meio dia da quinta-feira (27). O número é oito vezes maior do que o total registrado em 2018, com 212 ocorrências contra 98 empresas. No DF, foram feitas 33 denúncias contra 26 empresas. A quase totalidade dos casos é de superiores hierárquicos simpatizantes de Bolsonaro pressionando subordinados a votar no atual presidente. A prática é considerada crime.