Chico Sant’Anna
As eleições de 2022 contam com o maior Fundo Eleitoral da história do Brasil. São 4,9 bilhões que deveriam ser usados para viabilizar a aspiração eleitoral de todos os candidatos. Numa representação que chegou ao diretório regional do Solidariedade, o Ministério Público Eleitoral denuncia que os candidatos no Distrito Federal nada receberam, nem as mulheres candidatas, que por decisão da Justiça Eleitoral têm direito a 30% do Fundo.
A representação, assinada pelo candidato a deputado federal Rodolfo Hot Hot, diz que nenhum centavo do Fundo Eleitoral ou de outra fonte do Solidariedade foi repassado. O partido tem direito, nacionalmente, a R$ 113 milhões do Fundo Eleitoral.
Presidente do Solidariedade-DF e candidato ao Senado, Hélio José, confirma a falta de recursos e alega que a direção nacional, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SP), nada repassou ao diretório local. Segundo ele, a lei eleitoral não obriga repasses a todos os estados, tampouco define critérios de distribuição. Tudo fica a critério da direção nacional de cada agremiação.
Falta de respeito
“A Direção Nacional não respeita as candidatas mulheres, não respeita negros e nem a proporcionalidade com relação aos votos obtidos na última eleição para deputado federal. Estão deixando à míngua todos os candidatos a senador, a deputado federal e a distrital”, corrobora Hélio José.
Ele diz que não tem recursos sequer para fazer a prestação de contas. “É uma falta de respeito do Paulinho da Força para com os candidatos e com a o diretório regional do DF”, reclama.
De acordo com a representação, não há transparência interna e os candidatos não sabem nem quanto nem a quem foi destinado recursos do Fundo Eleitoral. “Escolheram, à revelia da direção local, uns três ou quatro protegidos. Não sei como, pois os recursos não passaram pelas contas oficiais do partido em Brasília”, afirma Hélio José, que considera justa a representação assinada por Hot Hot.
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