Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se envolveu nesta quinta-feira (18/08) em uma confusão com o youtuber Wilker Leão na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília. Bolsonaro agarrou Wilker pela camisa e tentou tirar seu celular, após ser xingado de “tchutchuca do centrão” e “vagabundo”.
Gravando com o celular em meio a apoiadores do presidente, o youtuber questionou Bolsonaro sobre a sanção ao projeto que delimitou a delação premiada. Ele é então retirado e jogado no chão. Wilker chamou Bolsonaro de “tchutchuca do centrão” e o xinga de “safado”, “covarde” e “vagabundo”. Ao se aproximar novamente, o chefe do Executivo puxou o youtuber pelo braço e tentou tirar o celular de sua mão.
Nesse momento, integrantes da segurança afastaram Wilker do presidente e de seus apoiadores. Bolsonaro pediu para que não filmassem o momento. “Filma, não”, disse. Enquanto o rapaz estava afastado, o presidente falou com os apoiadores para não agirem contra ele, porque “isso vai continuar”. “É o direito dele, mas está sendo mal educado”, afirmou.
Em seguida, Wilker voltou e os dois conversaram, mais tranquilos. O presidente diz que ele pode filmar. O youtuber o questionou sobre delação premiada, armas e as emendas de relator.
“Não posso ser um cara, presidente, 100%, vai desagradar um ou outro em alguma ou outra coisa, vai desagradar”, disse Bolsonaro. Ele se defendeu de sua aliança com o centrão, criticada pelo youtuber. Disse precisar do apoio do centrão para governar, uma vez que são cerca de 300 deputados entre os 513.
Enquanto eles falavam, apoiadores se queixavam do youtuber. Pediam que parasse, para que pudessem fazer selfies, e o chamavam de “inconveniente”. Logo depois, Bolsonaro encerrou a conversa e foi embora.
Wilker já esteve no Palácio da Alvorada entre apoiadores do presidente há cerca de um mês. Na ocasião, fez um vídeo questionando a respeito da reunião do chefe do Executivo com embaixadores para desacreditar as urnas eletrônicas. No seu canal do Youtube, Wilker se apresenta como advogado e cabo do Exército, e diz tratar sobre “temas polêmicos e relevantes acerca do militarismo, do direito e da política”.
Com informações da Folha/UOL.