Sinpro-DF
Em meio à conquista do reajuste do vale-alimentação, anunciado pelo GDF na quarta (11), professores e orientadores educacionais se reuniram em assembleia geral na quinta-feira (12) e reafirmaram a continuação da luta para que os demais itens da pauta de reivindicações da categoria sejam atendidos, especialmente os referentes à recomposição salarial.
O governador não negociava diretamente com a categoria desde 2020. Foi a mobilização dos educadores, desde a primeira assembleia deste ano, em fevereiro, que alcançou os avanços pelos quais lutamos – atualização da tabela salarial, que estava em atraso desde 2015; incorporação ao vencimento do valor do antigo auxílio-saúde; reajuste do vale-alimentação.
Sabemos que é insuficiente. Afinal, há muitos outros itens na nossa pauta. Mas é importante considerar que o cumprimento pelo governo de cada uma dessas reivindicações foi produto da pressão. Foram conquistas arrancadas, e não concessões feitas, pois o GDF vinha resistindo a atender e até a negociar.
A realidade nas escolas mostra com nitidez o descaso do governo Ibaneis com a Educação. Problemas sérios decorrentes da militarização, com graves ataques à gestão democrática; turmas superlotadas; desvalorização dos profissionais de educação; redução e desorganização no repasse de recursos; dificuldades de estrutura; desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e da educação inclusiva; carência exorbitante de professores, associada à enorme quantidade de profissionais em contrato temporário; carência de orientadores educacionais; carência de monitores e aumento do número de estudantes com deficiência nas turmas sem nenhuma política de inclusão.
Nada disso é mera negligência, mas sim, consequência de um projeto consciente de sucateamento da educação pública. É por isso que os professores não se iludem que qualquer vitória poderá vir espontaneamente desse governo. Continuaremos pressionando pela recomposição salarial e outros pontos que são direitos da categoria.