Joanna Alves (*)
Em defesa da saúde, da vida e contra o desrespeito dos banqueiros diante do novo cenário da pandemia de covid-19, bancários e bancárias de Brasília vestiram preto para a realização, na quinta-feira (20), do Dia de Luta e Luto.
A mobilização, que contou com o apoio de clientes e usuários, denunciou o caos a que estão expostos todos os trabalhadores em bancos, cobrou mudança de postura dos banqueiros e medidas sanitárias mais rígidas.
A ação do Sindicato e dos Bancários incluiu fechamento de agências no Setor Comercial Sul, local mapeado pela entidade com alta preocupante no número de trabalhadores contaminados pelo novo coronavírus.
“Muitos colegas contaminados nos reportam um sofrimento terrível que poderia ter sido evitado se fossem adotadas medidas mais responsáveis e a contento do que a situação exige”, afirmou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Dia de Luta e Luto
Segundo ele, “o Dia de Luta e Luto chama os bancos à responsabilidade para evitar novas contaminações entre bancários, terceirizados e clientes, além de cobrar respeito à vida daqueles que perdemos para o vírus”.
O dirigente lembra ainda que a situação é crítica e pode piorar se a inércia dos banqueiros e das autoridades persistir. “Hoje, são mais de 200 mil pessoas contaminadas por dia, mas as previsões apontam para um milhão de infectados a cada dia. Neste momento, ampliar as medidas de saúde e segurança salva vidas”, destaca Morais.
Desde a escalada na exposição dos trabalhadores, com afrouxamento das medidas de segurança e convocação de todos os bancários ao trabalho presencial, mesmo aqueles do grupo de risco, o Sindicato tem executado uma série de atividades de conscientização e mobilização.
O Dia de Luta e Luto, as plenárias e assembleias fazem ecoar o descontentamento da categoria diante do descaso dos banqueiros.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital