Os senadores da CPI da Pandemia entregaram, quinta-feira (28), ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o relatório dos trabalhos da Comissão. O documento pede 80 indiciamentos e envolve 13 pessoas com foro privilegiado. Entre elas, o presidente Jair Bolsonaro – que já é alvo de 92 “investigações preliminares” da PGR, sem qualquer resultado – a quem foram atribuídos nove crimes durante a pandemia.
Apesar de encerrados os trabalhos, os senadores prometem pressionar para que Aras não “esqueça” o relatório numa gaveta qualquer na PGR. Eles pretendem criar uma força-tarefa que mantenha a pressão sobre o PGR e também acompanhe o andamento dos 17 projetos de lei sugeridos no documento. A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19, nome formal da força-tarefa, deverá ter a criação pedida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).
Após receber o relatório, Aras afirmou que “CPI já produziu resultados” e que o material permitirá “avançar na apuração” de acusações contra políticos com foro privilegiado. Omar Aziz cobrou ação do procurador-geral: “Esperamos, como eu disse ao Dr. Aras, que ele tenha compromisso com a Nação: 600 mil vidas não podem ser engavetadas.”