A secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal lançou, terça-feira (26), os editais para a “gestão compartilhada com uma Organização da Sociedade Civil (OSC)” do Cine Brasília e da Rádio Cultura.
No caso do Cine Brasília, que a própria Secretaria denomina “tradicional templo do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro”, serão destinados à Organização escolhida R$ 2 milhões para cuidar da programação e gestão durante 14 meses.
Para a Cultura FM, o valor é R$ 1,5 milhão para cobrir durante um ano as despesas de operação, produção, transmissão multimídia e integração em redes colaborativas culturais.
A OSC selecionada deverá apresentar projeto com ações de modernização para a Rádio Cultura, incluindo o fomento a novas formas de produção de conteúdo e definição de estratégias de aproximação da emissora com o público.
“São muitos equipamentos e o Estado não tem capacidade de gerir todos ao mesmo tempo, por todas as limitações existentes”, afirma o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, que nega tratar-se de privatização, pois o GDF continuará no controle dos espaços.
“A experiência mista tem se mostrado mais viável e resulta em benefício para o usuário-população. Para trocar uma lâmpada o Estado precisa licitar e seguir procedimentos que emperram qualquer administração. Por exemplo, até hoje o cine recebe o valor do ingresso em dinheiro porque não pode colocar uma máquina de cartão. A experiência não é nova. Até recentemente, o espaço Renato Russo era gerido por uma instituição, com muito êxito”.
Com a gestão compartilhada, a Secretaria de Cultura espera manter uma programação com três sessões diárias, às 17h, 19h, e 21h, exibindo produções diferenciadas do circuito comercial de shoppings. A Secec ainda pretende estender a ideia do compartilhamento de gestão ao Espaço Renato Russo. O edital no mesmo formato deve ser lançado na próxima semana.