O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu em entrevista dada à Rádio Nova Nacional, do Vale do Ribeira (SP), permitir a venda de gás de cozinha direto das distribuidoras para baixar o preço do botijão, que já passa de R$ 100 em algumas regiões do país.
Ele também pediu a governadores que zerem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre o produto em vez de oferecerem “vale-gás”.
O presidente lembrou que o governo federal zerou o imposto sobre o gás de cozinha. E sugeriu que governadores façam o mesmo. Segundo Bolsonaro, o Amazonas seria um dos estados que começaria a instalar a mudança na tributação do gás.
Por que o preço do gás de cozinha está subindo? Veja as razões abaixo.
Política de preços da Petrobras
Desde 2019, a Petrobras faz alterações nos preços do gás sem periodicidade definida, assim como faz com os preços da gasolina e do diesel. Isso significa que a empresa pode mudar os preços de acordo com as condições do mercado, principalmente as cotações do petróleo e do dólar.
Antes da adoção dessa política de reajustes, os preços eram revistos a cada três meses, considerando uma média de cotações dos últimos 12 meses.
Cotação do petróleo
O gás é produzido a partir do petróleo, e o preço do petróleo é definido no mercado internacional.
Durante 2020, os preços chegaram a desabar no início da pandemia, com as medidas de distanciamento social tomadas pelos países, que diminuíram o consumo de combustíveis.
Depois, com a reabertura das economias, os preços voltaram a subir, mas fecharam 2020 em queda de cerca de 20. Neste ano, porém, tanto o petróleo Brent quanto o WTI acumulam alta de quase 10%. .
Valorização do dólar
O dólar também é um fator importante. Em 2020, a moeda norte-americana disparou quase 30%. Como o petróleo é cotado em dólar, isso encarece os preços da matéria-prima do gás.