O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do DF, Edson de Castro, assumiu, interinamente, na sexta-feira (20), a presidência da Federação do Comércio. Primeiro vice-presidente da entidade, ele ficou com a vaga após o afastamento, pela Justiça, do titular José Aparecido Freire.
A decisão da juíza Elyzangela de Souza Castro Dickel, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, pegou todos de surpresa. Na véspera, em reunião por teleconferência, o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, encerrara a intervenção na entidade, iniciada em fevereiro, e devolvendo à Fecomércio a gestão do Sesc e do Senac DF.
José Aparecido recebia a gestão do Sesc e do Senac, que, juntos, têm um orçamento de R$ 30 milhões para este ano, graças à suspensão Tutela Antecipada pelo Poder Judiciário dos efeitos da eleição dele, em 5 de março, para a presidência da Fecomércio-DF até o julgamento de mérito.
A ação foi proposta por dez delegados sindicais da Fecomércio baseados na inexigibilidade de José Aparecido. A decisão da juíza do TRT destaca os princípios da moralidade e legalidade. O mérito do processo corre em segredo de Justiça.
Em março, a CNC questionou a candidatura de José aparecido ao emitir parecer jurídico pedindo a impugnação do empresário por ter pendências judiciais e isso ferir o regimento. Ele se defendeu afirmando que nunca tinha sido condenado nas denúncias de irregularidades em uma licitação da qual sua empresa tinha participado.
A então direção da Fecomércio não acatou o parecer, o que permitiu a vitória de Aparecido. Mas a CNC impediu que ele assumisse a gestão local do Sesc e do Senac. Desde que foi notificado, na quinta-feira (19), José Aparecido passou a se reunir com advogados para apresentar recurso que reverta a liminar judicial.