O governo de São Paulo anunciou que partir de 17 de janeiro de 2022 reiniciará o ciclo de vacinação anual contra a covid-19. A exemplo do que ocorre com a vacina contra a H1N1, alguns especialistas acreditam que a imunização contra o novo coronavírus também deverá entrar para o calendário oficial da campanha de vacinação anual. Segundo o secretário estadual da Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, é certo que haverá doses todos os anos contra a doença.
No Distrito Federal, desde o dia 19 de janeiro deste ano, tenta-se evoluir na cobertura vacinal contra a covid-19. No entanto, entre anúncios de “ampliaremos, faremos, conseguiremos”, a verdade, como denunciei em artigo na semana passada, é que uma legião de pessoas sequer consegue agendar a imunização. Que dirá chegar, efetivamente, a ser vacinado. Neste contexto, nada se falou, até o momento, sobre o início de um novo ciclo de vacinação em 2022.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas mais vulneráveis à infecção pela covid-19 (grupos de risco), inevitavelmente, precisarão se vacinar anualmente contra o vírus e suas variantes (Delta, Gamma e outras). Em relatório, o órgão afirmou ainda que, provavelmente, os cidadãos que não apresentam fatores de risco deverão receber um reforço, pelo menos, a cada dois anos para manter a imunidade.
Desde o início da vacinação contra a covid-19 no DF, tenho alertado sobre a terceira onda, e sempre ressaltei minha preocupação com a necessidade, sim,
de o imunizante entrar para o calendário anual de vacinação. E quando falo em “preocupação” é porque, ao que parece, não há qualquer estratégia e/ou planejamento para que isso ocorra. Aliás, por trás dos holofotes da Secretaria de Saúde, fala-se até em insuficiência de frigoríficos para armazenamento das atuais segundas doses.
Enfim, nada de novo por aqui. Enquanto já deveríamos ter encerrado o assunto calendário vacinal contra a covid-19 deste ano, a SES-DF discute a abertura de novos grupos, sem necessidade de agendamento, e, ao que parece, sem vacinas suficientes para todos. Apenas com promessas de chegadas de novas remessas e uma evidente desorganização. A população segue com a saúde em risco, trabalhando, indo às ruas e sem o reforço constante do: ‘continuem usando máscaras’!
Quero propor aqui, a todos, uma ampla campanha pela vida. Uma campanha séria. Para agora e para o futuro. Precisamos cobrar dos nossos gestores que a vacinação contra a covid-19 seja levada a sério. Precisamos, enquanto cidadãos, continuar usando máscara, evitando aglomerações e higienizando as mãos com frequência. Essa é a nossa parte pela nossa saúde e pela saúde das pessoas que amamos.
Vamos, juntos, cobrar mais vacinas. Cobrar organização. Segundo pesquisas, a imunidade natural contra a covid-19, para quem teve a doença, dura, em média, 10 meses. Já a imunidade vacinal pode durar até um ano. Nada confirmado. Informação ainda em fase de pesquisa. Se for isso mesmo, em janeiro do ano que vem o DF terá de recomeçar o ciclo de vacinação contra a doença. E cadê o planejamento? Cadê a estratégia? Ficaremos, de novo, à mercê da covid-19?
Vamos cobrar que sejamos, todos, efetivamente e devidamente vacinados. Agora, com o anúncio da vacinação sem necessidade de agendamento, vamos torcer para que as filas andem. Porque a garantia das filas já temos. Agora, nos resta saber se a população conseguirá, enfim, acesso aos imunizantes.
Até lá, façamos a nossa parte. Cuidem-se. Vacinem-se. E não escolham vacinas. Vacina boa…é “aquetem”.