Cinco rodoviários do sistema de transporte público do Distrito Federal já faleceram vítimas da covid-19. A informação é do sindicato da categoria, que pede mais proteção para motoristas e cobradores de ônibus, principalmente com a intensificação de testes nesses trabalhadores.
A preocupação também atinge os metroviários. Não há informação sobre óbitos, mas cerca de duas dezenas de filiados já teriam sido contaminados. Entretanto, a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) divulgou nota com os seguintes esclarecimentos:
– A limpeza dos trens e das estações com o peróxido de hidrogênio é feita diariamente durante a madrugada. Há reforço de limpeza a cada 30 ou 40 minutos nos bloqueios e nos balcões das bilheterias.
Nos trens, o reforço é feito a cada viagem completa, quando o trem chega no terminal. Além disso, há o processo de desinfecção com o quaternário de amônio, feito uma vez por semana em cada estação, em todos os trens e nas unidades administrativas e operacionais do Metrô-DF.
– Os empregados receberam máscaras, luvas, álcool gel e líquido 70% e demais equipamentos de proteção individual (EPI) para atuar em emergências nas estações. O Metrô-DF está em fase de aquisição de termômetros infravermelhos para medição de temperatura dos empregados e para compor os kits de primeiros socorros a usuários. Também está testando tapetes de sanitização no Centro Administrativo e Operacional (CAO).
– O remanejamento de empregados entre estações é um ato discricionário da empresa e sempre ocorreu, de forma pontual, para suprir casos de absenteísmo. Durante a pandemia, o deslocamento continua ocorrendo para permitir a abertura e a operação das estações, a fim de garantir a prestação de serviços à população. O Metrô-DF lembra que, durante todo o período de pandemia,
continua operando com 100% de sua capacidade, apesar da redução do número de passageiros, para possibilitar um deslocamento seguro e maior distanciamento entre os usuários.
– É inverídica a informação de que empregados com suspeita de Covid-19 continuem trabalhando. Até a última sexta-feira (19), havia 19 casos de afastamento por suspeita. A orientação da empresa, no caso de solicitação de afastamento, é autorizar o afastamento mesmo preventivamente e, em seguida, apurar a situação de forma minuciosa. Para os casos em que se não confirmar a veracidade do pedido ou enquadramento, o empregado deverá retornar imediatamente ao posto de trabalho e compensar as horas afastadas.
Vale apontar, ainda, que toda a análise documental é feita remotamente, evitando assim, a exposição dos empregados. A orientação do Metrô-DF é que o empregado procure os serviços de saúde e, após orientação médica, abra processo sigiloso no SEI, anexando a documentação necessária.
– Sobre a testagem em massa, a Companhia esclarece que, em 18 de junho, enviou ofício ao secretário de Saúde renovando pedido de testes para todos os empregados da Operação e Pronto Restabelecimento da Manutenção, tendo em vista possível aumento do fluxo de passageiros, devido à reabertura de outros setores do comércio. O objetivo é prevenir aumento de contágio entre os empregados.
O Metrô-DF esclarece que já foram realizados 103 exames (todos com resultado negativo) e continuarão sendo feitos, à medida que sejam disponibilizados pela Secretaria de Saúde.