Dizem que política é um jogo de xadrez. Mas há, também, comparações com outros esportes, como esgrima e futebol. Na semana que passou, o governador Ibaneis Rocha (MDB) acrescentou uma nova modalidade à lista: As artes marciais japonesas.
Cara de paisagem – Como exímio lutador, o emedebista encurralou o governador de Goiás e aplicou-lhe um definitivo mata-leão. Há 30 dias, Ronaldo Caiado (DEM) fazia cara de paisagem para o crescimento dos casos de covid-19 nos municípios do Entorno.
Sobrecarga – Sem opções por lá, os pacientes correm em busca de socorro em Brasília. E isto acaba sobrecarregando o sistema de saúde da capital, comprometendo a estratégia preventiva adotada por Ibaneis desde o primeiro momento de ameaça do novo coronavírus.
No queixo – Na quinta-feira (14), Ibaneis partiu para o ataque. Anunciou que publicaria um decreto barrando a entrada no DF de ambulâncias com vítimas da pandemia vindas do Entorno. Direto no queixo de Caiado, que acusou o golpe. Tentou argumentar que era desumanidade. Mas logo percebeu que precisava reagir.
Gravata – Ibaneis apertou a gravata em Caiado. E ele voou para Luziânia, onde anunciou que enviará, nos próximos dias, 11 respiradores para o hospital local. No mesmo instante, o governador do DF despachava no Ministério da Saúde.
Águas Lindas – Ali, obteve a garantia de que o hospital de campanha de Águas Lindas, com 100 leitos, será finalmente entregue à gestão do governo de Goiás e começa a funcionar no próximo dia 23.
Fair play – No final do dia, os dois chefes de Executivos, como bons desportistas, se cumprimentaram. Não houve derrotados. Só vitoriosos, especialmente as populações do DF e das cidades vizinhas do Entorno da capital da República.