Com base em uma análise preliminar do sistema Prodes, que calcula as taxas anuais de desmatamento na floresta, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o desmatamento na Amazônia cresceu 29,5% nos 12 meses encerrados em julho, atingindo o maior nível desde 2008.
Os dados mostram 9.762 quilômetros quadrados de área desmatada entre agosto de 2018 e 31 julho de 2019. O mesmo período do ano anterior registrou 7.536 quilômetros quadrados. Segundo técnicos do Inpe, se a taxa seguisse a tendência dos últimos anos, teria ficado em torno de 8.278 km².
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (18) pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, em uma coletiva de imprensa na sede do Inpe, em São Paulo.
Na ocasião, Salles anunciou que haverá uma reunião no ministério na próxima quarta-feira para discutir medidas de fiscalização e contenção do desmatamento na região.
O levantamento mede áreas de corte raso da floresta pelo Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, conhecido como Prodes. A informação confirma dados mensais preliminares que mostravam um aumento significativo do desmatamento durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.