A Black Friday, que oficialmente ocorre de 25 a 30 de novembro, foi antecipada por várias lojas. Em todo o o Distrito Federal, as promoções já começaram nesta segunda-feira (11), com descontos que podem chegar a 50%. Os segmentos que já estão vendendo alguns produtos a mais baratos são os de roupas, calçados e de eletroeletrônicos.
A estimativa do presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), Edson de Castro, é de um crescimento de 4% nas vendas deste ano. Em 2018, no mesmo período, foi de 3%. \”A Black Friday será uma prévia do Natal, e a cada ano notamos que mais consumidores antecipam as compras natalinas em novembro comprando mais e pagando menos\”.
Para o Natal, o Sindivarejista estima aumento médio de 5% nas vendas, contra 4% do ano passado. No entanto, alguns setores – confecções, brinquedos, perfumes e calçados – podem ter expansão de 7% no faturamento porque comercializam os produtos mais vendidos no fim de ano. O gasto médio com presentes deve de R$ 260. Em 2018, foi R$ 240. Os cartões de crédito vão responder por 95% do pagamento das compras.
Vagas – O Sindivarejista contabiliza a abertura de 2.100 vagas temporárias neste fim de ano no comércio do DF. Em 2019, foram 1.900. Entre janeiro e fevereiro, 20% dos trabalhadores temporários devem ser efetivados, porque o comércio renova a sua mão de obra.
O mês de dezembro – o mais forte em compras – registrará injeção de R$ 600 milhões no comércio do DF, contra R$ 500 milhões de dezembro de 2018, quando o 13º salário injetou R$ 7,8 bilhões na economia local. Agora, esse valor pode chegar a R$ 8 bilhões. “Todos os comerciantes torcem para a chegada de dezembro. Neste ano, os saques do FGTS e o 13º salário do Bolsa Família vão injetar R$ 14 bilhões na economia brasileira. Para o DF serão cerca de R$ 400 milhões. Metade desse total vai para o pagamento de dívidas e a outra metade para compras e viagens”, diz Edson de Castro.
Segundo o líder empresarial, este ano, com a queda dos juros e da inflação, o poder de compra do consumidor aumentou. “A inadimplência também caiu. Tínhamos, até agosto, oitocentas mil famílias com dívidas no DF, mas esse total caiu para 690 mil famílias. Os maiores atrasos nos pagamentos envolvem mensalidade escolar, condomínio, carnês, cartão de crédito e financiamento de carro”, concluiu o presidente do Sindivarejista.