A Polícia Civil do Pará identificou Donizete Severino Duarte, administrador do grupo de WhatsApp Direita Unida Renovada, como o responsável e autor das ameaças ao jornalista Adécio Piran, editor do jornal Folha do Progresso, em Nova Progresso, no sudoeste do Pará, a 1.600 quilômetros de Belém.
A informação foi encaminhada por Nota Oficial do governo do estado à presidência da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), após o presidente da entidade, Paulo Jerônimo de Sousa, o Pagê, encaminhar carta ao governador Hélder Barbalho (MDB) solicitando seu empenho pessoal no esclarecimento do caso, na segurança do jornalista e na garantia da sobrevivência do jornal, cujos anunciantes estariam sendo forçados a suspender as publicidades na versão on line do veículo.
A Nota Oficial informa ainda que a Polícia Civil, após ouvir Donizete Duarte, responsabilizando-o pelas ameaças, encaminhou o procedimento à Justiça Estadual. A ABI recebeu informações de que o delegado Daniel Mattos Mathias Pereira fez um Termo Circunstanciado de Ocorrência, com base na Lei 9.099, de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, cujo artigo 69 determina que “a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários”.
No Termo Circunstanciado Donizete aparece como autor de crimes contra a honra e contra a pessoa de Adécio Piran, por meio de publicações na rede social. Caberá ao Ministério Público Estadual dar prosseguimento ao caso. Mas a Polícia Civil continua investigando a autoria do panfleto que circulou na região, em que Adécio Piran é alvo de calúnias e difamações.