Queixando-se de fortes dores no braço direito, o general Hamilton Mourão, 66 anos, deu entrada na Emergência do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, por volta das 19h de sábado (13). Pela idade do paciente e por sua condição de vice-presidente da República, a equipe médica cumpriu o protocolo de encaminhá-lo imediatamente à Cardiologia, onde fez exames de praxe, como eletrocardiograma.
“É uma questão de segurança para o paciente e para a equipe que o atende”, explica um profissional, pedindo para ter a identidade preservada. Segundo o médico, dor no braço pode ser reflexo de angina, um dos sintomas de infarto no miocárdio. “Nesses casos, é melhor pecar pelo excesso do que pela omissão”, completa o especialista.
Ao ser consultado, o estado de Mourão foi considerado normal, do ponto de vista cardiológico. Mas ele apresentava um inchaço no cotovelo, e foi encaminhado à Ortopedia. Reclamava de latejamento. O médico diagnosticou tendinite olecraneana (inflamação no osso olecrâneo), com acúmulo de líquido sinovial (líquido transparente e viscoso das cavidades articulares e bainhas dos tendões). Indicação de tratamento: punção para esvaziar o ferimento e enfaixamento da área. Antes de receber alta, por volta de 23h, Mourão foi receitado com anti-inflamatórios.
No domingo, em repouso, recebeu a visita do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Jaburu. Segunda-feira (15), deu expediente normal no Planalto. A assessoria informou que o mal-estar do vice-presidente é comum em pessoas que têm o hábito de praticar atividades físicas. Mourão faz equitação três vezes por semana e acorda diariamente às 5h para fazer ginástica. “A boa notícia é que foi um problema muscular e ele está muito bem”, disse uma assessora da vice-presidência da República.