Representantes do Governo do Distrito Federal (GDF), da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) voltaram a se reunir nesta terça-feira (12) para discutir o reajuste salarial das duas categorias. A primeira reunião foi em 26 de fevereiro. Nesta terça (12), houve o segundo encontro para alinhar e formalizar a proposta de aumento.Durante o encontro, realizado no Palácio do Buriti, as corporações apresentaram três propostas, que serão analisadas pelo corpo técnico do governo nos próximos dias.
A sugestão de aumento apresentada pela CBMDF e pela PMDF ao governo prevê reajuste gradativo, nos moldes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Eles sugerem o aumento entre abril de 2019 e setembro de 2021, sendo de 5% neste ano, 6,5% em 2020 e 7,5% em 2021, ocorrendo o pagamento sempre nos meses de abril e setembro.
O cálculo apresentado pelos militares resulta em um impacto de R$ 1.010.691.053,03 ao final de 2021, somando as duas corporações. Desse valor, R$ 687.019.194,76 seriam liquidados aos policiais e R$ 323.671.858,27 aos bombeiros.
Reestruturação
Após ouvir as reivindicações, o secretário da Casa Civil, Eumar Novacki, assegurou o compromisso do GDF em chegar a um consenso. “Segurança pública não se faz sem a valorização de pessoal, e ela se faz a partir da reestruturação salarial”, destacou. “O governador [Ibaneis Rocha] nos chamou para achar alternativas, colocá-las na mesa com muita transparência e achar o equilíbrio. ”
O secretário da Fazenda, André Clemente, pediu unidade entre as corporações e o governo. “Se nos mantivermos juntos, alcançaremos os objetivos, sem comprometer a lei e as finanças”, lembrou. “Os limites orçamentários serão colocados na mesa e, quando tivermos uma proposta pronta, vamos ao governo federal protocolar esse documento [de reajuste], assim como foi feito com a Polícia Civil. O que for melhor para vocês, dentro das nossas possibilidades, nós vamos fazer. ”
Além dos secretários da Casa Civil e da Fazenda, participaram da reunião o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres; a procuradora-geral do DF, Ludmila Galvão, a comandante-geral da PMDF, coronel Sheyla Sampaio, e o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Emilson Santos, bem como representantes de associações dos militares. Os deputados distritais Rafael Prudente, Roosevelt Vilela e Hermeto ajudaram a intermediar as discussões.