O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, não aceitou os argumentos do presidente em exercício da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia, de adoção de linha sucessória natural no comando da entidade local após o afastamento de Adelmir Santana. Assim, Maia convocou eleição para o dia 6 de fevereiro.
Santana renunciou no dia 7 de janeiro. Maia, como primeiro-vice, reuniu o Conselho de Representantes e conseguiu ser confirmado como sucessor natural. Mas houve resistência da CNC, que alegou violação do estatuto. Na segunda-feira (28), acompanhado de dois diretores, foi ao Rio de Janeiro e, após encontro com Tadros, acatou a determinação do chefe da CNC de marcar eleição para escolha do novo presidente.
De acordo com a convocação, têm direito a voto os 39 membros efetivos da Fecomércio-DF. Todos eles podem concorrer. Para ser candidato é necessário apresentar requerimento até três dias após a publicação do edital, datado de 29 de janeiro. Maia avisou que disputará o pleito.
Intervenção – Além de desautorizar a permanência de Francisco Maia no cargo sem disputar eleição, a CNC manteve a avocatória de 90 dias na gestão do Sesc e do Senac, os dois principais braços econômicos da Fecomércio de Brasília.
Desembarcaram na cidade nesta terça-feira (29) os interventores Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante (primeiro vice-presidente da CNC) e Luiz Gastão Bittencourt da Silva (vice-presidente-administrativo). Os dois conduzirão uma auditoria nas contas das duas entidades nas últimas gestões, que estão sob suspeita de irregularidades.
“Trata-se de mais um passo para prestigiar as práticas da CNC e reconstruir a proximidade com o Sistema Confederativo”, minimizou Francisco Maia em seu comunicado à diretoria.