O
pedido de um voto de confiança à população, feito pelo governador Ibaneis Rocha
(MDB) durante visita ao Instituto Hospital de Base (IHBDF) na segunda-feira
(7), onde decretou estado de emergência na Saúde pública do Distrito Federal
pelos próximos seis meses, teve boa aceitação no meio sindical.
No
entanto, a desorganização fiscal em diversas pastas pode complicar a relação do
governador com o funcionalismo. A Secretaria de Saúde identificou um rombo de
cerca de R$ 1 bilhão, o que motivou a publicação de um decreto no Diário Oficial de terça-feira (8)
solicitando a avaliação da situação das demais secretarias no prazo de dez
dias.
Saúde,
Educação e Segurança são as áreas mais sensíveis. Todas aguardam reajustes
salariais e a garantia de pagamento de algumas gratificações prometidas pelo
chefe do Executivo durante a campanha. Segundo a presidente do Sindisaúde,
Marli Rodrigues, o diálogo estratégico está sendo construído e, até o momento,
não há sinalização de embate direto com o governo.
O
presidente do Sindmédico, Dr. Gutemberg Fialho, informa que ainda não há
diálogo oficial com o Buriti, mas que tanto o rombo quanto o decreto de
emergência eram esperados pela entidade. No entanto, ele acredita que a decisão
do governador de estender a experiência do Instituto Hospital de Base (IHB-DF)
para outras unidades de saúde pública desagradará a categoria.
O
presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, o
Gaúcho, que nos últimos anos fez oposição sistemática ao ex-governador Rodrigo
Rollemberg (PSB) e apoiou abertamente a campanha de Ibaneis, não retornou as
ligações da reportagem. A diretoria colegiada do Sindicato dos Professores
(Sinpro) já iniciou tratativas com o secretário de Educação, Rafael Parente.
Uma das principais reivindicações é a cobrança da pecúnia devida aos
aposentados. Os últimos atendidos foram os aposentados no início de julho de
2016.
Ao
todo, 32 categorias aguardam a recomposição salarial prometida por Ibaneis
durante a campanha. Mas o SindSaúde e o SindMédico estão otimistas quanto ao
cumprimento das promessas. “Não tem como melhorar o atendimento ao público sem
melhorar as condições de trabalho e salariais dos servidores”, afirma Dr.
Gutemberg.