O GDF mudou o tom e o discurso afiado sobre a “herança maldita” do governo anterior deu lugar a investimentos em infraestrutura por toda a capital e cidade-satélites. O governador Rodrigo Rollemberg arregaçou as mangas e abriu o cofre. Neste mês de abril e no início de março Sol Nascente, em Ceilândia, Vicente Pires, Águas Claras, Taguatinga e Lago Norte vão receber R$ 947 milhões em obras de infraestrutura, que se estendem até o fim do ano.
Drenagem urbana, galeria de águas pluviais, rede de esgoto e pavimentação são as intervenções feitas no Sol Nascente, que recebeu R$ 187 milhões de investimento do GDF . Cerca de 100 mil habitantes serão beneficiados pelas obras que ainda estão em curso na região, considerada a maior favela da América Latina. “Melhora a saúde, porque acaba com a poeira e lama. Além de permitir a entrada de caminhões de lixo nas ruas e a entrada da polícia, portanto, melhora a segurança”, disse o governador. As obras foram divididas em três etapas e só foram iniciados os trechos 1 e 2.
Na Vicente Pires, foi destinado um montante de R$ 467 milhões e as obras estão previstas para começarem ainda este mês. Segundo o GDF, serão entregues 27,3 quilômetros de rede de drenagem, 291 mil metros quadrados de pavimentação e 152 mil metros quadrados de calçada. Os problemas de buraco e escoamento de água são rotina em épocas de chuva com algumas ruas inacessíveis.
A vizinha Águas Claras também vai passar por mudanças. Além da ciclovia já implementada na Avenida Araucárias e que vai fazer parte da Avenida Castanheiras, serão entregues quatro viadutos na região. Foram R$ 14 milhões investidos. O Viaduto 1 ficará na rua 37 Norte, sobre a linha do metrô, entre as rua 37 Norte e Sul; o Viaduto 2, na rua Alecrim, que interliga as vias internas de Águas Claras; o Viaduto 3 vai interligar a rua Manacá; e o Viaduto 4 ficará na rua 36 Norte, fazendo a interligação com a rua 36 Sul.
Na gaveta
A obra do túnel de Taguatinga Centro já teve sua licitação homologada e aguarda apenas a ordem de serviço do GDF para o projeto básico ser implantado. Após quatro meses deste processo, a obra de R$ 200 milhões poderá ser feita. A intervenção promete diminuir o engarrafamento da EPTG nos horários de pico, quando motoristas se deslocam do Plano Piloto para Taguatinga e Ceilândia. Os moradores de Ceilândia, obrigatoriamente, têm que passar pelo centro de Taguatinga para ter acesso a Elmo Serejo – problema que seria sanado pela construção.
Outro lugar onde o fluxo de veículos vai melhorar é a saída Norte. O Trevo de Triagem Norte vai sair do papel e custará R$ 79 milhões, por meio de financiamento do BNDES. A obra vai duplicar a Ponte do Bragueto com outras intervenções na região que liga Brasília a Sobradinho e Planaltina. Uma terceira pista entre o balão do Torto e do Colorado também está prevista.
Próxima estação: sucateamento
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