Sem a volta dos metroviários ao trabalho, todas as 24 estações do Metrô amanheceram fechadas nesta quarta-feira (4) no Distrito Federal. Decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que o serviço fosse mantido com um efetivo de 30% durante a greve dos servidores, mas a direção da empresa decidiu suspender o serviço alegando que não era possível garantir a segurança de passageiros com um quadro menor que 80% nas horas de pico e de 60% nos demais horários.
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Para amenizar os problemas, o DFTrans colocou mais 34 ônibus em circulação nas regiões administrativas de Taguatinga, Ceilândia, Guará e Águas Claras. Outros 14 vão reforçar o serviço de transporte público em Samambaia.
Os metroviários decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir desta terça para protestar contra a suspensão de reajustes salariais dos servidores públicos. A categoria pede ainda a convocação dos aprovados no concurso de 2013, saída de comissionados em excesso, execução dos projetos de modernização do sistema metroviário e revisão e redução do número e valor de contratos de terceirização.
O Tribunal Regional do Trabalho vai realizar a partir das 14h30 desta quarta uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e a empresa. Na tentativa de manter o atendimento à população nesta terça, o Metrô abriu metade das estações. Dos 1,2 mil funcionários do Metrô, 300 estavam trabalhando. Parte das estações precisou liberar as catracas para a entrada dos passageiros.
O serviço atende diariamente 140 mil pessoas, entre 6h e 23h30 de segunda a sábado e 7h às 19h aos domingos. O Metrô circula nas regiões mais populosas do DF – Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Ele também passa por Águas Claras e Guará. O sistema tem 42,3 quilômetros de extensão. A estação com maior fluxo é a da Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam 20 mil pessoas por dia.
Sem aumento
O governador Rodrigo Rollemberg anunciou a suspensão dos reajustes, concedidos de forma escalonada em 2013, alegando não haver dinheiro em caixa para fazer os repasses. A medida integra um pacote, que traz ainda aumento nas tarifas de ônibus e metrô, implantação de um plano de demissão voluntária nas empresas públicas, aumento de impostos e nos valores de entrada do zoológico e dos 13 restaurantes comunitários. O DF tem 141 mil servidores públicos na ativa.
Com a decisão, várias categorias do funcionalismo entraram em greve. O governador chegou a apresentar um plano para pagamento dos reajustes a partir de outubro do ano que vem, que desagradou servidores. Parte só voltou ao trabalho depois de a Justiça decretar os atos ilegais. Médicos, auxiliares e técnicos em enfermagem, agentes do DER, agentes do Detran e professores seguem paralisados.
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