Sindicato dos Bancários de Brasília
Estima-se que, atualmente, cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no Brasil. O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais de 80% dos casos de violência contra o sexo feminino. Em 2021, foram registrados 1.341 casos de feminicídio. As pesquisas ainda apontam que uma brasileira é vítima de violência doméstica a cada sete horas. No universo geral de homicídios de mulheres, 66% das vítimas são negras.
De olho nessas trágicas estatísticas e atento às pautas relacionadas às mulheres, o Sindicato, por meio da Secretaria de Mulheres, reitera seu compromisso e se soma à luta das trabalhadoras que sofrem com as opressões impostas e estimuladas pelo capitalismo, por um mundo mais equânime e justo, seja promovendo debates ou participando de atividades sobre a temática.
É o caso da campanha ’21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher’, que teve início no dia 20 de novembro e prossegue até 10 de dezembro. O evento traz reflexões sobre os variados cenários da violência de gênero contra meninas e mulheres, com a contextualização de suas vulnerabilidades.
Conhecida inicialmente como ’16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’, a iniciativa foi criada em 1991, por 23 feministas de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), nos Estados Unidos. Trata-se de uma mobilização educativa e de massa, que luta pela erradicação desse tipo de violência e pela garantia dos Direitos Humanos das mulheres.
Atualmente, a mobilização acontece em 159 países. Internacionalmente, tem início no dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres) e término no dia 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). Mas, no Brasil, são 21 Dias de Ativismo, com início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, por entender que as mulheres negras sofrem violência tanto por serem mulheres como pelo racismo.
Para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pela primeira vez aderiu à campanha, ela representa um marco no aprofundamento das políticas de combate à violência de gênero, feminicídio e outras formas de agressões, no âmbito do Judiciário.
Engajamento masculino
Secretária de Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado destaca a importância do engajamento e da mobilização para falar sobre a violência praticada contra a mulher. “Não é suficiente que este diálogo ocorra apenas com as vítimas. É necessário que os homens também entendam como o machismo atua na estrutura da criação masculina, qual o seu papel nesse sistema e como buscar saída à lógica machista e patriarcal. Portanto, convidamos toda a categoria bancária, homens e mulheres, a participar dos 21 Dias de Ativismo”.
Laço Branco
Na última semana dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no dia 6 de dezembro, ocorrerá o Dia Nacional de Mobilização dos Homens, intitulado Campanha do Laço Branco. “Nesta campanha, visamos promover a equidade de gênero, relacionamentos saudáveis e uma nova visão da masculinidade sem violência”, esclarece Lucas Cusinato, diretor do Sindicato.
E acrescenta: “O Laço Branco foi adotado como símbolo e lema de jamais cometermos um ato violento contra as mulheres e de não fecharmos os olhos frente a essa violência. Use o laço branco e se posicione do lado certo nessa luta. Venham participar com a gente”.
A campanha do Laço Branco está presente em mais de 50 países em todos os continentes e é apontada pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma das maiores iniciativas mundiais direcionadas para a temática do envolvimento de homens com a violência contra a mulher.
Também estão contempladas na campanha:
20/11 — Consciência Negra
25/11 — Dia internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres
06/12 — Dia da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres — Campanha do Laço Branco
10/12 — Dia Internacional dos Direitos Humanos