Da Redação
A pobreza infantil aumentou no Brasil depois da pandemia de covid-19, segundo um estudo feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, que considerou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1%, em 2020, para 44,7%, em 2021.Isso significa que cada pessoa da família vive, por mês, com o máximo de R$ 465. Em 2021, 12,7% estavam na faixa de extrema pobreza, onde a renda mensal por pessoa não passa de R$ 161. É a taxa mais alta desde o primeiro ano de coleta de dados pelo IBGE, em 2012.
Recorte da pobreza
Segundo o estudo, em números absolutos são 7,8 milhões de crianças vivendo na pobreza e 2,2 milhões na extrema pobreza. O Nordeste é, entre as regiões do Brasil, o que apresenta o quadro mais grave: mais de 60% das crianças estão abaixo da linha da pobreza.Apenas o Ceará teve taxa um pouco menor, de 59,6%.
O pesquisador que coordenou o estudo, André Salata, diz que ter um programa consistente e regular de transferência de renda é fundamental para começar a mudar esse retrato, e que a atenção à primeira infância não afeta apenas as crianças e as famílias.
Com informações do Jornal Hoje – TV Globo