Língua Portuguesa, que chega a ter peso dois em diversos certames, reprova até 70% dos candidatos a cargo público.
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De acordo com pesquisas realizadas por grandes jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, é alto o índice de reprovação de candidatos na disciplina de Língua Portuguesa nos concursos públicos. Em muitos casos, o problema se dá pela maneira como a matéria é ensinada nas escolas, uma vez que, o método de ensino está baseado na “decoreba”, como afirma o Professor e presidente do Grupo Vestcon, Ernani Pimentel.
De acordo com o Professor, português é responsável por 70% das reprovações em concursos públicos. Entre as dificuldades encontradas pelos concorrentes, estão as possíveis “armadilhas” colocadas nas provas pelas bancas. Outro fator a ser levado em conta, é a surpresa que o candidato tem ao ver que o assunto cobrado um dia na escola, na realidade, muda no dia da prova. A principal dica é não deixar para estudar somente quando sai o edital e, sim, com antecedência, afinal, Língua Portuguesa está presente em todos os editais.
“As bancas costumam cobrar de maneiras diferentes os mesmo conhecimento. O concursando, numa prova de múltipla escolha, dever ler toda a prova e apenas marcar como certo ou errado cada item em que ele sinta segurança, deixando os duvidosos para depois. Numa segunda leitura, ele terá apenas metade dos itens para resolver e responder aqueles que sentir firmeza. Só então, ele deve começar a preencher o cartão de respostas, e só aí, nessa hora, é que deve marcar mesmo os itens que não tem certeza. Com isso, o candidato diminui muito a margem de erro”, explica o Professor Ernani Pimentel.
Alguns tópicos são mais exigidos pelas bancas examinadoras e precisam de mais atenção dos estudantes, segundo os pesquisadores, como interpretação de texto e morfossintaxe. Nas provas do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), 45,8% das questões exigem interpretação de textos, já nas avaliações da Escola da Administração Fazendária (Esaf), este assunto representa 28,3% dos itens. Em concursos como a Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; Secretaria de Administração do DF (cargo de Auditor de Controle Interno); Câmara dos Deputados, Ministério da Fazenda e Ministério do Turismo, a Língua Portuguesa têm peso dois.
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O professor Ernani Pimentel afirma que sempre são cobradas nas provas questões de texto, regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, de pontuação e de crase. “Os outros itens dependem do programa de cada concurso”, ressalta.
Nas redações, muitos são reprovados por erro no uso de palavras comuns, na concordância nominal e verbal e, pela falta de conhecimento sobre o assunto abordado, ocasionados pela pouca leitura e prática da escrita. É de suma importância o conhecimento das atualidades.
Mestres da Língua Portuguesa sugerem dicas valiosas para os candidatos se destacarem nos certames, como em caso de possíveis déficits, começar o estudo a partir dos pontos básicos, associar o estudo da gramática à leitura e à interpretação de bons textos e prestar atenção ao contexto. O hábito da leitura, seja de livros, revistas ou jornais e a resolução de exercícios enriquecem o vocabulário, além de auxiliar na busca da tão sonhada aprovação na carreira pública.
Quanto ao tempo de horas que deve ser aproveitado estudando, o Professor Ernani Pimentel destaca que depende do nível de dificuldade que o estudante tem. “Normalmente, para concursos de ensino médio e superior, todo o programa de Língua Portuguesa envolve interlecção e interpretação de texto, análise sintática e gramática prática. Com quatro horas de estudos diários, de dois a três meses se estuda todo o programa”, alerta o professor.